Beyoncé é capa da revista Flaunt. Leia a matéria traduzida e confira o editorial!
Beyoncé: Seu status de ícone é indescritível e selvagem.
Olha, não importa quantas vezes você vestir o seu maiô preto e usar as suas luvas, amorosamente feitas à mão para dançar “Single Ladies”, música quase que onipresente nas pistas de dança [uma pausa de um minuto para apreciar quantas meninas de 11 anos já fizeram isso durante os últimos quatro anos], você nunca será tão bom quanto Beyoncé. E é isso que devemos amar na grande Rainha Beyoncé. Ela é uma máquina. Ela é intocável. Ela nos faz nos sentir próximos ao sentimento de força.
Beyoncé está ciente de seu Toque de Midas e avançou estrategicamente ao se entregar e encantar seus fãs dedicados veementemente, enquanto os oferece o espetáculo, uma característica de suas performances, a “licença para vivenciar, visualizar e fantasiar. A vivência de ser maior que você mesmo, maior que a vida”.
Ao longo de sua carreira, Beyoncé esculpiu, pintou e poliu sua imagem para construir uma persona globalmente reconhecida e especialmente poderosa. Sua imagem está longe de ser algo remotamente alcançável e tornou-se algo reverenciável, etéreo e perfeito, coisa que ela procura arduamente manter.
Mesmo no Instagram, conhecido por sua espontaneidade, Beyoncé apresenta uma imagem clean que cuidadosamente projeta cada faceta de sua personalidade. Em uma foto, ela descobre sua barriga invejável, solidificando ainda mais o apelo sexual orgânico que deu vida ao termo Bootylicious, aprovado pelo dicionário Oxford. Em outra, ela posta uma carta de agradecimento para seus fãs escrita à mão, pelo apoio em seus esforços filantrópicos. E, para você não se sentir tão distante dela, há ainda lembretes de que ela pode ser a diva do gueto como o resto de nós: um lanche da madrugada de macarrão instantâneo de copo com molho de Tabasco, fotografado em o que parece ser uma mesa dobrável. (E o efeito pretendido é alcançado: Se você realmente duvida que @Beyoncé poderia/iria comer miojo de copinho, você não é tão fã de verdade como você pensa. ‘#TimeDoGueto #TimeDoSul #TimeDaComidaRápida’, comentou um fã).
É essa aparência de perfeição que mantém seus fãs pacientes [e renova o significado do termo "fanáticos", por prontamente adotar a condição de abelhas operárias], aguardando por um álbum que deveria ter sido lançado em abril. Os fãs esperam porque sabem que valerá a pena. Esperam por ser a Rainha Beyoncé. Enquanto ela cria novos arranjos e melodias, os fãs levantarão seus braços para cima e praticarão, com as mãos, o gesto de Single Ladies.
O quinto álbum da carreira de Beyoncé vem sendo trabalhado desde o verão de 2012, quando ela começou a conversar com The Dream, Timbaland e Sia. Parte das canções foram lançadas em comerciais da Pepsi (Beyoncé vem sendo sondada pela marca de refrigerantes desde seu trabalho com ela em 2002) e da H&M, mas Beyoncé não lançará seu álbum até gostar do resultado final dele. E isso não vai acontecer até que ele esteja completamente perfeito. E quando você já vendeu mais de 75 milhões de cópias mundialmente e ganhou 17 Grammys, não há escolha, não é?
O perfeccionismo, porém, é uma via de mão dupla. “É uma coisa muito estressante ter que acompanhar tudo”, contou Beyoncé para seus fãs em seu recente documentário autobiográfico “Life Is But a Dream”, dirigido e produzido pela cantora. “Não dá pra se expressar, não dá pra crescer”. Surpreendentemente, esse comentário bastante verdadeiro; claro, é um argumento para que as pessoas se simpatizem com metade de um casal bilionário, mas a reclamação é legítima.
Para manter os críticos e os tabloides bem longe, Beyoncé tem que se comportar, a cada dia, da melhor forma. Não pode andar fora dos trilhos, não pode ter um breakdown emocional. Ela não pode enfrentar a exposição de partes íntimas acidentalmente, não pode cometer a gafe de deixar o microfone ligado e falar alguma besteira. O que o “Life is But a Dream” quer provar é: Beyoncé é humana. E o documentário cumpre esse papel, até certo ponto. Como disse a própria Billboard, “A máquina criadora de hits, bem lubrificada e treinada para a mídia tem um coração. E ele é enorme”. Que Beyoncé tem um coração generoso não é surpresa alguma se você está familiarizado com sua filantropia. Ela doou um quarto de milhão para as vítimas do Furacão Katrina; ajudou a arrecadar um milhão de dólares para ajudar o Haiti após o terremoto de 2010; e recentemente uniu forças com a Gucci no projeto Chime for Change, para promover direitos iguais para mulheres. Mas há algo excepcionalmente satisfatório sobre a lembrança de que Beyoncé possui o mesmo DNA fundamental do resto de nós. (Bem, pelo menos em teoria. Poucos de nós, contorcidos e cheios de glitter da cabeça aos pés, pareceria tão delicioso como a Bey nesse editorial).
A partir daqui, deixaremos a história da Queen Bey ser contada através de um método já testado e aprovado: perguntando e deixando que Beyoncé nos diga o que você precisa saber. Bow Down.
Alguém está planejando um piquenique e quer ter sorte com seu parceiro no piquenique. O que deve ter na cesta do piquenique?
Um cobertor aconchegante, vinho tinto, R&B dos anos 90 tocando no meu iPod. E não acho que você precise de muito mais que isso.
Homens gays são atraídos e fortalecidos por você, como acontece com ícones gays como Judy Garland, Barba Streisand, Cher e Madonna. O que há em você e nessas mulheres que os gays tanto amam?
Estou honrada por estar junto com essas mulheres incríveis. Acho que eles gostam por sermos mulheres de atitude, sem medo de amar, de exibir a nossa sensualidade e força.
Afinal, e o glúten?
Tô de boa com o glúten. Pizza no domingo é essencial pra mim!
Tyra Sanchez, participante do RuPaul’s Drag Race, baseou sua personalidade de Drag Queen em você. O que significa pra você que alguém que interpreta o seu girl power seja um homem com uma carreira de sucesso como drag queen?
Não tem problema algum. Eu adoro. E a Miss Tyra é fabulosa!
Em que peça arquitetônica você mais gostaria de passar um momento a dois?
O Louvre, ou o Arco do Triunfo. Paris é uma cidade bonita, sexy.
Grande parte dos seus fãs é da geração Y. Muitos estão postando a tag #beygood para promover a boa vontade. O que você acha da mídia que diz que essa é a geração do “eu, eu, eu”, que são ótimos ativistas on-line, mas não possuem atitude alguma no mundo real?
Nos meus shows eu vejo o contrário. Eles estão empenhados em fazer a diferença. Reunimos toneladas de doações que vão desde criar empregos até ajudar pessoas a conseguirem empregos. É isso que quero comemorar. No Chime for Change, aumentamos a consciência das pessoas e arrecadamos mais de quatro milhões de dólares em um dia, pela igualdade das mulheres em todos os lugares. Muitas pessoas naquele show eram jovens. Eles são socialmente mais responsáveis do que recebem créditos.
Algumas pessoas criticaram a sua participação na campanha da Pepsi , já que você participou da campanha contra a obesidade infantil. Onde está o equilíbrio entre seus objetivos e carreira e sua filantropia?
Pepsi é uma marca que eu cresci vendo meus heróis colaborarem. É uma empresa que respeita os músicos e a arte. Não incentivo ninguém, especialmente uma criança, a viver uma vida sem equilíbrio. Quando você se exercita, cuida do seu corpo, ensaia tão duro quanto eu ensaiei para aquele comercial, é ótimo beber Pepsi ou uma Pepsi Diet quando quiser. É tudo sobre as escolhas que você faz.
Qual seu tipo favorito de mancha?
De leite.
Uma peça de roupa que você não viva sem.
Uma t-shirt branca.
Você sempre esculpiu cuidadosamente a sua imagem e controlou o acesso público a sua vida fora do palco. Há algo para se invejar naquelas celebridades que não ligam com a defesa de sua vida privada?
Optei por manter certos aspectos da minha vida privados. Mas eu também adoro compartilhar o que me faz feliz, principalmente através da fotografia.
Existe, na história, algum escândalo sexual que você não ache tão escandaloso assim, mas simplesmente demais?
Antônio e Cleópatra. A lenda desse caso de amor afeta vidas e vive até hoje.
Muitas revistas listam um número X de coisas para fazer para animar o seu amado. Nessas listas, falta alguma coisa?
Se você tem que ler essas listas, você já está em apuros.
O que te entedia?
Falta de criatividade.
Texto original por Megan Bedard.
Tradução e adaptação: Beyoncé Now.
Fotografia de Tony Duran.
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